sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Marcas tradicionais lançam 2ª marca para atender a nova classe média do Brasil.

A classe C, agora chamada de nova classe média, somou 94,9 milhões de pessoas em 2009, atingindo 50,5% da população. Com esse crescimento, marcas tradicionais começaram a olhar essa parte no mercado de outra maneira e muitas delas lançaram 2ª marcas de produtos para conquistar a nova classe média brasileira.

Depois de fazer pesquisas, a Kopenhagen constatou que havia uma lacuna no mercado de lojas especializadas em chocolates no atendimento das classes B e C, fora das grandes marcas industrializadas vendidas em supermercados. Por isso, decidiu criar uma nova marca, a Brasil Cacau, com produtos entre 30% e 50% mais baratos em relação aos da marca principal, sem arranhar o posicionamento de mercado da Kopenhagen. E tornou-se concorrente direto da Cacau Show.

A quase centenária Lorenzetti criou a Forti marca que acaba de estrear no mercado da classe C. De carona no boom do mercado imobiliário, em abril deste ano a companhia decidiu fabricar torneiras, válvulas sanitárias, assentos sanitários e acessórios de banheiro em plástico de engenharia, material mais resistente que o plástico comum. O preço da torneira de plástico da nova marca, por exemplo, corresponde a 20% do preço de uma torneira em latão da marca Lorenzetti, voltada para as classes A/B.

Há um ano no mercado com a marca de maquiagem Intense, o Boticário não revela os números da sua investida na classe C. Mas, ao que tudo indica, a estratégia deu certo. A companhia tem hoje 69 itens sob esse novo guarda-chuva. A diferença entre o preço dos produtos da marca Intense e Boticário é significativa. Enquanto o batom da marca Boticário custa R$ 22,90, o da marca Intense sai por R$ 9,90.