quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Marcas de Confiança

Estabelecer uma relação de confiança com o consumidor de baixa rende não é uma tarefa fácil. No passado ao pensar em marcas populares o que viria em mente seria: produtos de baixa qualidade, de produção em massa e de baixo custo. A estratégia de depenar produtos ou baixar a qualidade na busca por preços mais agressivos não funciona mais, pois o preço não é necessariamente o fator gerador da compra.

Ao longo dos anos surgiu um novo perfil de público consumidor de baixa renda, que está mais confiante em seu desenvolvimento socioeconômico e consequentemente mais exigente. As marcas são obrigadas a desenvolver novos conceitos em relação a produtos populares. Para este consumidor a qualidade do produto tornou-se quesito fundamental.

Um exemplo é o caso do Shampoo Seda da Unilever líder de vendas no Brasil que passou a ter com queda nas vendas, devido ao consumidor da classe C, público-alvo, não querer mais um produto que via como de "segunda linha" e "muito popular". A nova aspiração da classe C brasileira era consumir xampus melhores. Para resgatar a marca Seda foi investido 125 milhões de reais para recriar o produto, da embalagem à fórmula, só restou mesmo o nome. Trata-se de alterar a percepção sobre um mesmo produto tendo como principal estratégia convidar um grupo de cabeleireiros de renome mundial para prestar consultoria técnica e estrelar campanhas publicitárias, visando agregar valor à marca para conquista da credibilidade do consumidor de baixa renda.

As marcas que estabelecem uma relação positiva com esse público ganhando sua confiança tornam-se uma ponte para o projeto aspiracional desta classe de consumidores, alimentando o projeto de futuro dessas pessoas e conectando-os com seus sonhos.