quarta-feira, 18 de maio de 2011

A Unilever é a nova ACME?

Alguém se lembra da atrapalhada companhia responsável pelos apetrechos inusitados dos quais o Coyote se utilizava para tentar capturar (em vão) o Papa-Léguas? A ACME. Apesar de não haver uma informação oficial, rola pelo mundo a história de que o nome seria uma sigla para “A Company that Makes Everything” (uma companhia que fabrica tudo).

O mais recente anúncio de nova categoria da Unilever no Brasil me fez lembrar exatamente desta marca. Agora, além de produtos de bens de consumo imediato (entre produtos de higiene pessoal, limpeza e alimentos), a empresa vai vender, via catálogo das revendedoras Jequiti (!?!), purificadores da água, com a marca Pureit.

O aparelho não é novidade e já existe há alguns anos em países como Índia, México, Indonésia e Bangladesh, e desembarca no Brasil através de uma parceria com o sistema de porta a porta do ‘Dono do Baú’ nos próximos meses.

Chama a atenção pelo sistema diferenciado de vendas e pelo fato de não ser um item que poderia ser enquadrado em outras categorias que a Unilever atue. No fim das contas, a empresa do grande U azul está atuando em um segmento cujo consumo é justificável: todo mundo bebe água (ou ao menos deveria).

Acerta 100% no conceito de vitalidade tão trabalhado pela empresa, mas esbarra em um problema ainda não muito bem resolvido, apesar das inúmeras tentativas: a de se enxergar a companhia como uma só.

No Brasil, a maioria das marcas que a Unilever trabalha foi comprada, cada uma com história e posicionamento próprios. Feche os olhos e pense na Unilever. Você deve ter pensado em sabão OMO, certo? No jogo de caxangá das marcas e produtos, ela inclusive tem várias marcas na mesma categoria. Ela pega a marca, tira, põe, deixa ficar...

No discurso da empresa, isso acontece para atender a ‘públicos diferentes’. Segundo qualquer pessoa com mais de dois neurônios, para ter opções de combate frente aos concorrentes.

Pouco tempo atrás, por exemplo, a bola que foi chutada para fora da partida foi a categoria de margarinas. Depois de anos tentando (sem sucesso) atingir a liderança da categoria, a gigante anglo-holandesa jogou a toalha. Hoje, a marca Doriana, por exemplo, que era um dos itens que se pretendia trabalhar como representando a Unilever do dia a dia dos consumidores há anos, está com a Perdigão.

Quanto trabalho para o pessoal de documentação e história da empresa! E mais ainda para quem trabalha a companhia como um todo. Afinal, como vender para o consumidor que aquela empresa o acompanha desde a infância quando na verdade eram outros os donos dos negócios?

O Chicabon, por exemplo, já foi da Lacta, depois adquirida pela Kraft Foods, e hoje é fabricado em outra unidade fabril, uma vez que a fábrica instalada há anos no Brooklyn, em São Paulo, foi desativada há cerca de cinco anos.

A empresa é obrigada a contar como sendo sua uma história cujos capítulos foram escritos a várias mãos. Ela mesma, aliás, mudou de nome no meio do caminho. Pergunte à sua avó sobre a Unilever e você certamente vai receber o questionamento “a Gessy?” de volta.

E, se você disser que ela é dona da Hellmann’s, Kibon, Arisco, Knorr e etc, o espanto vai ser na linha do “Nossa, agora ela está fazendo comida?”. Sim, está. E há muitos anos. Mas em qual prato ela vai estar no futuro, não podemos dizer.

Aliás, pelo visto, nada impede que a empresa passe a fabricar os pratos em si. Ou carros. Ou cigarros. Se existe um mercado, o marketing da Unilever o estuda. Por isso, não se espante se amanhã você encontrar uma nova linha de bigornas sendo vendida em conjunto com AdeS e OMO.

Ingenuidade ecológica

A Câmara Municipal da prefeitura de São Paulo acaba de vetar o uso de sacolinhas plásticas no comércio. Iniciativa nobre. Ponto para os ecologistas de plantão. Melhor ainda: ponto para o marketing ecológico.

Usar a bandeira da sustentabilidade faz o consumidor ter a estranha sensação de que está participando de uma campanha para salvar o planeta – ainda que, no fim das contas, ele pague mais e tenha um impacto ambiental ainda maior. Aproveitar-se do que classifico como ‘ingenuidade alheia’ mostrou-se uma estratégia eficaz para agregar valor às marcas.

Afinal, quem quer ser co-responsável por engasgar tartarugas marinhas (mesmo sabendo que não há mar na capital paulista)?

O fato é que as sacolas de papel gastam cinco vezes mais água (que poderia ser utilizada para irrigar plantações, para limpeza, ou até, pasmem!, o consumo humano) e não podem ser reaproveitadas. E vão custar alguns centavos a mais para o consumidor. Sim, pois o valor que os mercados gastavam com as malvadas sacolas plásticas e doravante economizado irá permanecer nos bolsos dos donos das redes – nunca no seu ou no meu. Assim como o lucro pela venda daquelas ecobags que machucam a mão a todo mundo que esquecer de levar a sua de casa.

Mas ok. Tudo em nome de ter um planeta sustentável. Aposto que essas embalagens de papel virão com o aviso ‘reciclável’ em suas laterais. O que é um outro conceito de marketing ecológico que leva à sensação de que estamos diante de algo imaculado, puro, natural e belo.

Bem, ‘reciclável’ é uma coisa; ‘reciclado’ é outra. Praticamente todas as embalagens são de alguma forma recicláveis (com exceções como as que acondicionam produtos de cheiro forte ou tóxicos). Basta que se recicle! Na contrapartida, quem compra algo cujo invólucro poderia ser reutilizável e o descarta na lixeira comum não contribuiu em nada com o meio ambiente. Mas ali, na hora da compra, quem é que se lembra que vai jogar boa parte daquilo que compra no lixo?

O mais curioso é ver que o que mais se encontra com o termo ‘reciclável’ é de papel. Como se ainda se derrubasse árvores para fazer celulose. Hoje, a esmagadora maioria dos fabricantes se utiliza apenas de madeira de reflorestamento. Resumindo: as empresas preferem gastar mais para imprimir em um papel horroroso que não absorve direito a tinta, cujo processo de fabricação consome litros e litros de água potável com o objetivo de não salvar uma árvore da natureza sequer.

Inteligente? Sim, porque quem quer que reconheça aquele bloco meio bege com aparência de sujo vai pensar “Nossa, eles são conscientes e sustentáveis”. Faz muito mais sentido montar blocos de anotação com folhas usadas cujo verso esteja em branco.

No caso das sacolas, vamos ser obrigados a ressuscitar o velho carrinho de feira para não precisar amontoar frutas e latas. E levar os produtos de limpeza, ali, um ao lado do outro, coladinhos aos alimentos.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Nike lança tênis feitos de revistas recicladas


O tênis é feito com papéis coloridos e estampas. (Imagens:sneakernews)

A famosa marca de esportes Nike Sportswear, lança uma coleção de tênis que alia moda à sustentabilidade. Os sapatos feitos a partir de materiais reciclados dão um toque diferenciado à coleção e impedem que diferentes resíduos sejam descartados inadequadamente.

O tênis é feito com papéis coloridos e estampas. Apesar de parecer estranho, o modelo é realmente construído por tiras de revistas recicladas, costuradas e reforçadas por um material transparente e resistente. O papel é tratado, para conferir resistência ao calçado; e as peças são exclusivas devido ao processo único envolvido; cada estampa é feita com a combinação de diversas impressões e com diferentres tipos de sequências.

Muito parecido com a coleção Nike Trash Talk, que inclui sapatos construídos por restos encontrados no chão de fábrica, a Nike Sportswear Premium Print Pack, nome dado à coleção, não deixa nada ir para o lixo e transforma velhas questões em novos lançamentos.

Esta não é a primeira incursão da gigante americana no assunto reciclagem. A empresa vem recuperando velhos tênis há décadas. O programa Reutilize um Calçado, que começou no início da década de 90, recolhe e processa o material transformando-os em Nike Grind, uma matéria-prima feita de papel reciclado e sucata de tênis, que pode ser usada em todos os tipos de superfícies desportivas. Para construir esses pisos, a multinacional trabalha com empresas líderes da indústria de pavimentação. Com essa política, a marca já reciclou 24 milhões de pares de sapatos até hoje, incluindo as doações de tênis de outras marcas.

A coleção ecológica de sapatos, feitos a partir de revistas recicladas, estreou em quantidades limitadas no primeiro dia de 2011, na Europa e China. No entanto, os tênis podem eventualmente tornar-se disponíveis nos EUA ou outros mercados selecionados, mas ainda não há previsão para a comercialização no mercado brasileiro. Acesse a galeria acima e confira os modelos.

Vida Sustentável

Redes sociais incentivam moda sustentável através de bazar de trocas de roupas


Postado em 04/05/2011 ás 08h00

A chamada moda sustentável faz sucesso no meio fashion e a procura por produtos ecologicamente corretos tem crescido à medida que o tema se torna cada vez mais presente na mídia. (Imagem: Vila Mulher)
 

Mudar o visual, desfilar com diversas peças de roupa, ter um estilo adequado para cada situação. Pode parecer estranho, mas todo este consumo pode ser feito de maneira consciente.

Vivemos em um mundo em que as pessoas prezam cada vez mais pela exclusividade. Essa busca pela singularidade é notada, principalmente, no mundo da moda. Para se ter um estilo único que traga ao mesmo tempo satisfação e economia no bolso é necessário uma boa dose de criatividade

Em março, a revista Estilo de vida lançou no Facebook um grupo aberto de trocas de roupas. Na página, qualquer pessoa pode oferecer seus produtos para trocar. Só é necessário tirar fotos dos produtos e divulgá-los na comunidade “Bazar de trocas da Estilo”, o processo é simples e facilitado pela utilização da rede social.

Na própria página os internautas compartilham suas experiências com os outros usuários. Publicam listas com os nomes das pessoas confiáveis e também daquelas não confiáveis para as trocas, chamadas de listas brancas e listas negras, respectivamente.

A internet é uma ótima ferramenta para quem se interessa em fazer parte de iniciativas como essa. Há inúmeros blogs espalhados pela rede, criados especificamente para este fim, não somente com trocas de roupas, mas também de cosméticos, maquiagens, sapatos e outras coisas.

Este é o caso do blog Bazar Beauté, que promove a troca de produtos de beleza novos ou pouco usados. Todos os itens têm sua foto ilustrada no blog, juntamente com o e-mail de contato da pessoa que o oferece.

A chamada moda sustentável faz sucesso no meio fashion e a procura por produtos ecologicamente corretos tem crescido à medida que o tema se torna cada vez mais presente na mídia.

Petrobras, Itaú e Bradesco estão entre as marcas mais valiosas do mundo

Foi divulgada nesta segunda-feira, dia 09 de maio, um relatório da Millward Brown, afirmando que três empresas brasileiras estão no ranking das 100 marcas mais valiosas do mundo.


A Petrobras ocupa a 61ª posição no ranking BrandZ Top 100, valendo US$ 13,4 bilhões, o equivalente a R$ 22 bilhões, com um crescimento de 39% em relação ao ano passado. A estatal do petróleo é a marca mais valiosa da América Latina.


O banco Itaú aparece pela primeira vez no ranking, ocupando a 90ª posição, com um crescimento de sua marca em torno de 29% em relação ao levantamento anterior, chegando ao valor de US$ 9,6 bilhões, o equivalente a R$ 15,5 bilhões.


Já o Bradesco ocupa o 98º lugar, com US$ 8,6 bilhões, o equivalente a R$ 13,8 bilhões. O número representa um aumento de 15% em comparação com o ano de 2010.


A Millward Brown, responsável pelo relatório, é uma agência americana de pesquisa líder mundial especializada em publicidade, comunicações de marketing, mídia e brand equity. A agência justifica a presença das marcas brasileiras no ranking mundial devido “a robusta expansão da economia do Brasil” e o otimismo em relação ao comprometimento do governo com o combate à inflação e com projetos de melhorias sociais.


Algumas marcas brasileiras que não entraram na lista das 100 mais valiosas, mas que se destacaram no ranking da América Latina, foram a Natura, com sua marca avaliada em US$ 4,6 bilhões e as cervejas Skol e Brahma, produzidas pela AB inBev.


Segundo a pesquisa, a marca mais valiosa do mundo, atingindo o topo do ranking, foi a Apple, com um valor estimado de US$ 153 bilhões, aproximadamente R$ 246 bilhões, superando inclusive o Google.


Mais uma boa notícia para a imagem do nosso país, valorizando ainda mais a “marca Brasil” e nos enchendo de orgulho e expectativa de que num futuro bem próximo, todo esse sucesso dessas marcas possa ser revertido em emprego, salários dignos e melhores condições de vida para a nossa população.


sexta-feira, 6 de maio de 2011

Reputação e Coerência

O mundo digital possibilitou a globalização e com isso, as grandes corporações se abriram não só para os seus clientes, parceiros e fornecedores, mas praticamente para o mundo todo. Não cabe mais o discurso perfeito e uma prática que não condiz com os princípios filosóficos pregados pelos líderes dessas empresas.

As empresas social e ambientalmente responsáveis precisam praticar atitudes éticas em que o respeito à comunidade seja o seu grande diferencial. O sucesso dessas corporações passa, sem dúvida nenhuma, pelo reconhecimento dos consumidores e o apoio dos seus colaboradores.

Esse é o grande desafio entre a reputação dessas empresas e a coerência. A sociedade atual está reconhecendo a responsabilidade ambiental e social como valor permanente, influenciando muito na preferência tanto de investidores como de consumidores.
Hoje, não há mais espaço para corporações que têm como objetivo apenas a maximização de capital e de riquezas.

Esse é o novo quadro do mundo moderno: consumidores mais informados e exigentes, empresas assumindo seus papéis sociais e ambientais e um mercado cada vez mais competitivo.

Lembrando sempre que o mundo em que vivemos não é apenas herança deixada por nossos antepassados, mas também nos é emprestado pelas gerações futuras.

Pensando nisso, as corporações precisam investir muito na construção e reputação de suas marcas, mas nunca se esquecendo da coerência de suas atitudes, agregando os verdadeiros valores à imagem de suas marcas. Quem sabe assim, poderemos entregar aos nossos netos um mundo um pouco melhor do que aquele que recebemos das gerações passadas.


A diferença da teoria para a prática

Hoje em dia é comum assistirmos comerciais ou nos depararmos com produtos de empresas que se dizem “ECO” ou que prezam pela sustentabilidade e pela responsabilidade social. Mas o discurso é fácil de ser dito ou publicado, o difícil é transformar esta teoria em prática na sua totalidade.

Porque ser “Eco” e ter uma empresa sustentável ou com preocupações sociais não é ter um produto com materiais ecológicos ou recicláveis apenas para estar inserido neste contexto de “empresas verdes”. Para ser uma empresa que aplique esses conceitos no seu dia-a-dia é necessário fazer uma reestruturação drástica em sua cultura e na de todos os seus funcionários, e isso tem que ser aplicado em sua totalidade, não só apenas na confecção de um produto, dentro de centenas que a empresa disponibiliza para seus clientes.

Uma “empresa verde” tem que ter sua linha de montagem ou fábrica aplicando 100% o conceito “ECO” para poder falar que realmente é uma empresa que respeita o meio ambiente. E isso não é fácil de ser alcançado, pois até pouco tempo atrás não nos preocupávamos com estes conceitos e ficamos “viciados” em atualizar os recursos naturais de forma abusiva, com muitos desperdícios e sem a preocupação de como estes processos agrediam o meio ambiente.

Atualmente os consumidores estão um pouco mais atentos com os produtos que consomem, de que forma eles são produzidos e que materiais são utilizados para fazer o mesmo. Então todas as empresas estão se movimentando para estar inserida neste contexto e com isso ter uma menor rejeição dos consumidos responsáveis.

Talvez num futuro não muito distante todas as empresas entendam que ser ECO ou sustentável não é apenas um conceito para vender mais produtos e sim uma metodologia ou cultura que tem que ser aplicada em sua totalidade para que no futuro nossos netos e bisnetos possam ter um mundo com os mesmos recursos naturais que dispomos atualmente.

Mas como as corporações em sua maioria visam os lucros sem ter muita preocupação em como eles serão alcançados, ainda vivemos um período em que o discurso (teoria) fica muito distante da realidade (prática). Então você que é um consumidor responsável não se iluda com um comercial bonito que diz que empresa tal é ECO, pesquise o histórico desta empresa, dos seus produtos e de suas fábricas para não comprar “gato por lebre”.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Iniciativas sustentáveis da Camargo Corrêa perdem espaço diante de rebelião trabalhista

O grupo Camargo Corrêa é um dos maiores conglomerados do país e atua em diversos ramos, como engenharia, construção, calçados, têxtil, geração e distribuição de energia e concessão de serviços públicos. Depois de ter seus executivos envolvidos em um escândalo por remessa ilegal de dinheiro ao exterior e suspeita de doações ilegais a partidos políticos, em 2009, a empresa sentiu outro abalo em sua reputação este ano.

Em março, uma rebelião de funcionários paralisou as obras e destruiu 70% dos alojamentos e veículos do canteiro de construção da Usina Hidrelétrica do Jirau, uma das maiores obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os trabalhadores se queixavam de violência física por parte de funcionários da Camargo Corrêa e que eram obrigados a comprar produtos a preços exorbitantes no canteiro da obra.

Outros problemas relatados diziam respeito às condições de trabalho, à falta de infraestrutura nos alojamentos, ao não consentimento das folgas e ao excesso de horas extras, que não eram devidamente remuneradas. Cerca de 22 mil trabalhadores participavam das obras da usina.

A ironia é que pouco tempo antes, a construtora Camargo Corrêa e o Instituto Camargo Corrêa (ICC) haviam apresentado em Porto Velho (RO) três programas sociais a serem implantados na região da Usina Hidrelétrica Jirau. O objetivo era reforçar ações sociais em prol das crianças, da gestão de escolas públicas e do empreendedorismo.

Ainda que os projetos não fossem destinados aos trabalhadores, eles provavelmente foram ofuscados pelos protestos e a credibilidade da Camargo Corrêa como uma empresa cumpridora dos direitos trabalhistas foi colocada em xeque.

O envolvimento com maus tratos e condições precárias de trabalho desautoriza qualquer discurso sustentável, por mais que a empresa possua um Instituo (ICC) responsável por investimentos sociais, prioritários onde as unidades do grupo estão presentes. Além disso, o grupo assinou em 2006 uma carta de compromisso com a sustentabilidade, disponível em seu site (www.camargocorrea.com.br) e que reforça o papel da companhia em contribuir para uma sociedade mais justa.

Depois do ocorrido, o Planalto decidiu mobilizar um contingente da Força Nacional e da Polícia Federal para assumir o controle dos canteiros da construtora na usina hidrelétrica de Jirau e a presidente Dilma Rousseff pediu que a retirada e a acomodação dos trabalhadores fossem feitas com segurança. O Governo Federal ainda garantiu que irá tomar medidas para que a situação não se repita em outras construções do PAC.

Com a destruição dos alojamentos, a construtora foi obrigada a pagar transporte, alimentação, verbas rescisórias e ajuda de custo aos operários que tiveram que deixar o canteiro de obras depois do levante. A Justiça do Trabalho ainda instalou uma vara itinerante em Jirau para análise das reivindicações dos trabalhadores.

Por Rachel Sciré