quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Classe média também pensa


Melhores condições de vida, mais conforto, mais consumo e mais exigência. A classe média, nos últimos tempos, dizem alguns principalmente a partir dos governos do Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luis Inácio Lula da Silva (PT), ganhou mais espaço e notoriedade. Consume mais.
Aqueles abastados, os da classe E, que deixavam as suas economias no colchão ou, no máximo, em uma poupança simples, conseguiram chegar a um patarmar importante: melhorar de vida e movimentar de forma intesiva a economia brasileira, no qual este mesmo ambiente acabou se tornando bastante dependente deste público. Afinal, mais da metade da população brasileira que consome é da classe C.
Porém, com eles não há deslumbramento do tipo “tudo que é caro é bom e eu posso comprar”. A classe média é exigente e nem de longe é submissa. O dinheiro continua sendo conquistado com suor e o desperdício não tem espaço nesta classe, tanto por parte daqueles que ascenderam quanto por parte dos filhos dos que subiram na vida e que foram ensinados, desde pequenos, sobre o valor ($) das coisas conquistadas.
Se não é bom, ele não compra. Se é caro, ele procura outro. Se veio com defeito, reclama. Se é bom, ele divulga no boca a boca. Ou seja, a consciência de qualidade é algo bastante evidente neste público que não se vê passivo e sabe da importância de ser crítico. Afinal, eles sabem mais do que ninguém o valor daquele carro, daquele imóvel, daquele produto e o quanto horas se trabalha para conseguir algo palpável. Exigência sempre.