sábado, 29 de outubro de 2011

Starbucks: consciência ambiental por água abaixo



A companhia fez do fato de comprar café se tornar uma experiência única para o cliente e assim se transformou na maior cadeia de cafeterias do mundo. A Starbucks nasceu nos anos 70 em Seattle (Estados Unidos) numa lojinha simples vendendo grãos de café. Hoje está presente em mais de 35 países no mundo todo.


Uma empresa moderna e arrojada, se encontrou numa posição complicada em meados de 2008, quando o jornal inglês The Sun publicou com exclusividade uma matéria sobre o fato da empresa ter gastado até hoje mais de 23 milhões de litros de aguá por dia, nos seus 10 mil estabelecimentos porque recomendava que nunca se fechassem as torneiras. Um repórter do veículo, com uma câmera escondida, alerta um dos funcionários da franquia sobre o fato e ele é avisado que é assim mesmo.


O tema foi capa do jornal e imediatamente se tornou crise local. Ambientalistas ingleses e americanos já haviam alertado a companhia a adotar medidas mais ecológicas para diminuir seu impacto no ambiente e também em sua imagem. A política foi considerada bizarra por muitas especialistas e cálculos mostravam que todos estes anos de desperdício diário era o equivalente às necessidades diárias de um país pequeno, como a Namíbia por exemplo.


Inicialmente a empresa defendeu seu posicionamento alegando que era mais higiênico, e virou alvo dos tablóides ingleses. Depois, devido a forte pressão da mídia e das redes sociais, voltou atrás e acabou cedendo e hoje a maioria das lojas no Reino Unido não usa este procedimento. Mas ele ainda existe em algumas lojas e hoje a empresa tem um link em seu site oficial explicando de forma clara sua política – http://www.starbucks.com/responsibility/environment/water.



Priscila Maruqes Ferreira