
Em 2007, a Business Week publicou o ranking das 100 marcas mais valiosas do mundo, segundo pesquisa feita pela Best Global Brands e encomenada pela consultoria Interbrand em parceria com a revista americana. A Zara esteve colocada em 64º lugar. Digno de uma marca com presença mundial e muito bem vista por seus consumidores, já que apresenta um modelo (fast fashion) que agrada as classes mais abonadas por um preço mais acessível e possui uma grande diversidade de produtos que vão além de roupas, pois hoje são encontrados também acessórios, bolsas, sapatos, perfumes, óculos, entre outros.

Quando esse fato veio à tona em agosto deste ano, a marca foi bombardeada pela imprensa e também nas redes sociais. Esteve nos Trend Topics do Twitter por vários dias e a hashtag #Zara atingiu o ápice de comentários negativos em menos de uma hora. Mais do que um modo de organização baseada nas relações servo-contratuais como o feudalismo, a empresa não pareceu dar muita importância ao caso. Apesar das alegações de que a os executivos-chefes da companhia não sabiam que os funcionários de seus fornecedores estavam passando por uma situação tão horrenda, pode-se interpretar pelas notícias publicadas que o máximo ocorrido foi uma reunião de gerencimento de crise para conter o assunto principalmente no ambiente virtual, pois com certeza o proprietário da marca não perdeu horas de sono pensando num fato “isolado” no Brasil.
Há quem diga que as roupas da Zara têm uma qualidade muito baixa e as comparam com o que é vendido por varejistas como C&A, Riachuelo e outras do setor, mas o fato é que apesar de na semana do ocorrido, e até dias depois, as vendas terem caído, a marca é tão forte que conta com seus compradores assíduos e que não se deixaram abalar talvez pelo “sensacionalismo” das notícias. É claro que a empresa é passível de uma falência, mas como toda organização não é perfeita e tomou suas providências para manter seu público.