sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Luxo x Lixo

O seminário sobre mercado de luxo apontou várias particularidades desse segmento tão específico e que vem, a cada dia, se diferenciando mais. É interessante perceber como a expansão de portifólios das marcas de luxo, o que representa o interesse delas em, através de acessórios e peças de menor valor agregado, atingir um público que se interessa sim em produtos de luxo, mas não possui capital suficiente para adquirir o premium da linha luxo.

Conforme estudamos em sala, qualidade de produto é um fator primário para a construção de branding; portanto, fica evidente que todas essas marcas apresentam bons produtos; no entanto, algo que me intriga bastante, é o quanto o nome, nesses casos, tem muito mais valia.

Marca e serviços agregados (seja no atendimento, no pós-venda, em itens inclusos na compra ou qualquer coisa que os diferencia do standart) conseguem fazer com que o preço final do produto ou serviço vendido seja muito elevado e eu me pergunto: será que valem tudo isso? Será que vale a pena pagar por isso? Por melhor que seja a marca, por mais conceituada... Os valores praticados não são extremamente abusivos?

Outro fator interessante a se estudar quando falamos sobre mercado de luxo é a questão da falsificação e das segmentações dessa falsificação. Saiu hoje uma matéria falando da falsificação de camisinhas com a marca Louis Vuitton. Sim, camisinhas de grife!!!!!!! Idealizadas por um arquiteto da República da Geórgia, a intenção era arrecadar fundos para uma fundação de pesquisa sobre a Aids. A marca não tem nada a ver com a criação (ou seja, as camisinhas são falsificadas, olha o perigo!), mas devido aos boatos que rondaram o assunto, vários fãs da marca sairam em busca do produto (que custava 68 dólares. Por uma camisinha. Falsificada.)

O estudo do mercado de luxo, acredito eu, é muito importante para quem quer entender branding; pois o status que essas marcas conquistam e o valor que conseguem agregar a seus produtos demonstram muito o poder que esse trabalho pode ter. Vale lembrar aqui um texto que discutimos no início das aulas, de Nizan Guanaes, sobre a importância do trabalho de relações públicas (não só propaganda) para a construção de marcas globais. Falta essa cultura no mercado brasileiro, mas, aos poucos, ainda podemos chegar lá.