domingo, 4 de dezembro de 2011

A imagem do homem ideal

Não assisti ao seminário sobre a imagem do homem nas propagandas de produtos esportivos; no entanto, tenho lido algumas matérias sobre o assunto que, acredito, podem contribuir um pouco com a reflexão e que vieram a minha mente ao saber sobre o tema desse seminário.

Certa vez li sobre a imagem do homem na mídia do ponto de vista dos seriados americanos. O texto defendia que, antigamente, eles eram representados como uns brutamontes, machistas e que era por esse tipo de homem que a mulher se apaixonava. Hoje, no entanto, os que fazem sucesso com o público feminino são os bananas; aqueles fofos, sensíveis, que, sim, são uma graça, mas que exageram na fragilidade toda. Inserido em um blog feminino, a intenção do texto era dizer que eram estranhas essas representações, pois as mulheres não buscam nem um extremo nem outro e todo aquele bla bla bla feminino.

A segunda matéria que me fez refletir sobre o tema saiu no site da Época sobre o livro Brandwashed - "Truques que as companhias usam para manipular nossa mente e nos persuadir  a comprar". Sobre a publicidade para produtos masculinos, fala que, se antigamente utiliza-se belos modelos com a argumentação de que quem fazia as compras para os homens eram as mulheres e, por isso, a comunicação da empresa deveria chamar a atenção delas, hoje essa comunicação tem como objetivo atingir os homens que estão, a cada dia, mais preocupados com a aparência (vide metrossexuais). O texto traz ainda discussões interessantes, muitas das quais discutidas em classe também.

A conclusão que tiro dessas duas matérias e de tudo o que foi falado em aula é que o público está sim mais antenado com a comunicação das empresas e buscando uma identificação com os personagens e produtos; no entanto, só é possível construir um personagem carismático (e, consecutivamente, um produto com aderência), quando existe uma relação real entre o que aquele personagem transmite e o que aquele que o construiu de fato é. Ou seja, a comunicação de uma empresa deve trazer elementos que mostrem de fato o que ela produz, os conceitos em que ela acredita e as ações que ela pratica, caso contrário, por mais interessante que seja a comunicação, o público não conseguirá se identificar com ela nem se tornará fiel a marca. Mesmo que o uso de esteriótipos seja interessante na ficção (caso dos seriados), o uso deles em publicidade pode se sair, muitas vezes, como um tiro n'água, uma vez que se trata de uma representação exagerada de uma situação e/ou característica.

Acredito que a construção de uma imagem, corporativa ou pessoal, está muito relacionada ao carisma, que tem a ver com uma identificação, mas, também, com uma flexibilidade dentro de um perfil pré-determinado e não são todas as marcas (nem pessoas, entendendo, por exemplo, artistas, músicos, esportistas e personalidade de um modo geral, como marcas) que tem esse "potencial". Fidelizar um público a sua imagem, depende muito não apenas do que você comunica oficialmente, mas de todos os elementos que o público pode perceber como característica e ação sua; daí a dificuldade em se construir uma marca forte.