sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A adaptação do mercado de luxo.

O seminário sobre o mercado de luxo foi na minha opinião um dos mais interessantes. A partir da pesquisa apresentada pelo grupo, tirei algumas conclusões. Nos tempos atuais, a globalização faz com que as tendências corram rapidamente. Com isso, as marcas vêm percebendo que sinônimo de sucesso é ser global. Ou seja, estar presente em diversos mercados, adaptadas à diversas culturas. O mercado de luxo que sempre movimentou milhões por ano mesmo sendo bastante restrito para as grandes massas também acompanha essa tendência e está buscando novos mercados que possam ser lucrativos. O Brasil nos últimos anos, com certeza tornou-se um deles. É fato que a classe C alcançou maior poder de compra e está cada vez mais ampliando sua visão. Ou seja, está desejando e consumindo produtos de marcas que outrora seriam totalmente fora de seus padrões. Visando lucrar com este mercado, muitas marcas de luxo optaram por tornar seus produtos mais acessíveis, ou menos impossíveis. Os famosos hidratantes Victoria's Secret viraram moda entre as brasileiras, uma moda que não se restringe às classes A e B e é muito fácil encontrar jovens de classe média utilizando Armani Exchange. Os mais refinados dirão que esta é a etiqueta mais popular da marca, mas, ora, pense no Brasil há 10 anos. Armani Exchange não era assim, tão popular. Acho que não seria correto afirmar que este movimento seja a popularização do mercado de luxo, pois, as marcas continuam aplicando seus respectivos conceitos de exclusividade em tudo o que fazem. Talvez o mais certo aqui seja dizer que elas estão adaptando suas personalidades aos mercados emergentes, e aderindo à globalização como forma de atualização e participação das tendências de mercado mundiais.


Fusões: desafios internos e externos.

A apresentação sobre a fusão do Banco Real com o Santander foi bem desenvolvida, e transformou um assunto que poderia ser muito complexo em algo simples de entender. Em fusões como esta, o grande desafio é fazer com que o público do antigo Banco Real veja razões válidas em continuar no novo banco, o Santander, mas, não é apenas isso. Há também um grande desafios interno que envolve milhares de funcionários que estavam acostumados a trabalhar no formato Banco Real, e de repente precisaram reaprender todos os processos da nova organização em que estavam incutidos. Imagino que isso seja talvez até mais difícil do que lidar com o público externo, pois, funcionários que não se adaptam e ficam infelizes com os acontecimentos podem gerar grandes falhas de comunicação e execução internas, prejudicando os resultados gerais. Para os resultados dessas fusões darem certo internamente, creio que o caminho seja tranquilizar os colaboradores, visto que toda mudança gera desconforto, e na prática, muitas demissões, através de uma comunicação interna e ações de endomarketing bem estruturados. Os conceitos da nova empresa precisam ser passados aos poucos, e um constante trabalho de adaptação é extremamente necessário.


Empresas sustentáveis. Será?

Outra apresentação que me fez refletir foi sobre Fortalecimento da Marca e Ações de Responsabilidade. Achei bastante interessante sobre sustentabilidade. Acredito que atualmente, este é um dos termos que mais estão na moda entre as empresas. É inevitável perceber o quanto todas elas se consideram, e se descrevem como sustentáveis. Será? Acredito que na verdade, nenhuma organização atual do Brasil pode realmente afirmar que é sustentável. Muitas delas com certeza aplicam muitos conceitos sustentáveis em suas ações, e alcançam o êxito nesse sentido em alguns setores. Mas ser totalmente sustentável é algo muito mais abrangente que isso e que inclui fatores econômicos, sociais, culturais e ecológicos. Ou seja, vai muito além da preservação do meio ambiente, ao contrário do que muitos pensam. Na minha opinião, as organizações necessitam levar em consideração todos esses pilares, e buscar desenvolver estratégias que as levem a ser realmente sustentáveis um dia, assim, sendo mais transparentes com seu público e com elas mesmas. Dessa formanão estarão apenas buscando estar incutidas num modismo passageiro para sobreviver no mercado, e sim criando ações completas que as desenvolvam e as façam realmente evoluir e estar preparadas para o futuro.