sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Fusão Real x Santander

Uma das maiores fusões no setor bancário, com maior número de correntistas foi a do Banco Real com o Santander, que começou em 2007. De lá pra cá, o Santander tomou diversas medidas para que o processo fosse lento e gradual, sem muitos prejuízos para seu publico interno e externo – esse último, enfoque da apresentação em sala de aula.

Para informar os 10 milhões migrados, em grande parte satisfeitos com o Real, sobre a mudança, o Santander desenvolveu diversas ações de comunicação e marketing, como cartas ao correntista, propagandas na TV e nos principais jornais do Brasil, como a Folha e O Estado, numa ação inédita de venda casada de jornais. O conceito que permeia tais ações é o “banco dos juntos”, onde agora o cliente pode ter o melhor dos dois bancos em um só. O Santander herda personalidade sustentável do Real, assim como conta universitária e o programa exclusivo Van Gogh.

Em paralelo as ações de marketing, ocorreram a integração do sistema, a troca de fachada e o consequente aumento das agencias e também a troca do presidente e de outros executivos de cargos importantes, com o propósito de aproximar a corporação brasileira as ideias da corporação espanhola. Mas uma incorporação desse porte não deixa de ser dolorosa. Ao longo da integração dos sistemas, houve milhares de queixas registradas nos órgãos competentes, com reclamações até mesmo de clientes alegando que sua conta foram zeradas.

Apesar dos problemas enfrentados pelo correntista, a pesquisa apontada mostrou que 60% gostaram da fusão. Isso significa que o banco soube trabalhar sem grandes perdas e fortalecer seus atributos junto aos clientes. E o melhor (para o banco): dados mais recentes mostram que a sinergia gerou aos cofres do banco R$ 1,1 bilhão contra a previsão de R$ 800 milhões para 2009.