quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Comentários sobre os seminários

Seminário 1: Mercado de luxo: a construção de uma marca

O tema abordado neste seminário sem dúvida foi um dos mais comentados no blog. É um assunto que chama muito a atenção e o grupo o apresentou de maneira muito clara e informativa. Me surpreendeu saber que se trata de um mercado tão recente e ainda muito restrito, embora num ritmo de crescimento alto (já que cresceu 60% em 5 anos!!!).

Outro dado interessante foi descobrir o perfil do público que compõe este mercado: uma maioria de 33% entre 26 e 35 anos! Apesar de ser um público muito jovem, já está se estabelecendo profissionalmente.

O inevitável é que, ao pensar em marcas de luxo, a primeira coisa que vem a cabeça é o segmento de moda. Apesar das automobilísticas cumprirem seu papel nesse segmento, não dá para pensar em luxo sem pensar em Louis Vuitton, Hermés, Armani, Chanel e Gucci!

E por fim, o grupo trouxe um mix deste mercado muito interessante (e que foi novidade pra mim também): o serviço de aluguel de bolsas! Pode parecer fútil, mas muita gente deve realmente se sentir melhor ao usar uma Louis Vuitton, nem que seja por 1 dia ou 1 mês ...


Seminário 2:Tecnologia e Inovação: a evolução da imagem da marca

Este grupo também explorou bem a questão tecnologia e inovação com 4 cases muito bacanas, sendo 2 para marcas que souberam usar ambas características para alavancar suas imagens e 2 casos para empresas que fracassaram nesse quesito.

As marcas esportivas foram um sucesso ao agregar a tecnologia e conseqüentemente inovação em seus produtos e serviços. A Adidas, por exemplo, que lançou o tênis mais leve do mundo e “Mi Adidas Innovation Center” onde o cliente pode montar seu tênis (personalização do produto = fidelização). A Speedo, outra marca esportiva voltada para roupas para esportes aquáticos, foi a primeira empresa que combinou nylon e lycra, além de uma série de tecnologias para deixar o tecido das roupas cada vez mais leves, resistentes ao cloro e com menor atrito com a água. Um show de inovação!

Já as montadoras automobilísticas não tiveram a mesma performance. Ford e Hyundai trazem exemplares de fracasso como o Logus (motor 1.6, mas que falhava) e o Pointer (marchas curtas e peças soltas). Para a Hyundai, fica a dúvida quanto ao Veloster: para quê 3 portas? É o design sem função ...

Seminário 3: Marcas que provocam experiências no consumidor

É sabido por nós, estudantes de Marketing e Comunicação, que a experiência do cliente agrega valor a marca, pois quem adquire o produto ou serviço deseja, entre tantas outras coisas, incorporar a comunicação e a publicidade daquela marca no seu estilo de vida.

Para exemplificar esse conceito, o grupo trouxe o polêmico caso das marcas de cigarros e marcas de bebidas alcoólicas. Ambas, embora muito desejadas, sofrem com questões relacionadas a saúde, principalmente. E como sobreviver vendendo algo que faz mal a saúde? Skol, Smirnnoff e Johnie Walker souberam desenvolver alternativas bem interessantes, explorando exatamente o conceito de experiências com a organização de eventos musicais para o caso das duas primeiras e, eventos mais restritos e intimistas promovidos pela Johnie Walker.

Já as empresas de cigarros, traziam em suas campanhas publicitárias aspectos positivos da vida associados ao hábito de fumar. Quem não se lembra dos memoráveis comerciais da Holywood? Porém, a proibição para exibição de comerciais veio em 1998 e se tornou extremamente restrita a partir de 2003. Porém, o grupo alertou para o fato de que, mesmo sem propaganda, a indústria do cigarro se sustenta em termos de vendas. Mas ainda considero esse dado relativo, pois nos últimos 10 anos inúmeras mudanças em termos de crescimento sócio-econômico ocorreram, o que certamente reflete também no faturamento destas empresas. Isso não indica que essa tendência se mantém. Aliás, a mudança de hábito das pessoas e conscientização para uma vida mais saudável pode mudar isso.

Na minha opinião, apesar de bebidas alcoólicas e cigarros serem nocivos, ainda existe uma diferença entre o beber com moderação (para muitos um desafio) e o fumar com moderação (até quem não fuma, mas convive com fumantes já está no grupo de risco e sujeitos aos males do tabaco).