domingo, 31 de outubro de 2010

Luxo mais perto ou distante?

O que achei interessante neste tema é a forma com que as marcas de luxo encontraram para aumentar a adesão das pessoas por meio da venda de acessórios. Por mais que um esmalte da Chanel ainda seja caro, ele não é um objeto com um valor absurdo ao ponto de você pensar que nunca poderá comprar. Ao adquirir este tipo de apetrecho, você compra todo aquele sentimento de sofisticação e luxo que a própria marca apresenta. Sim, você pode!
Acho que adicionado à esta opção que as marcas de luxo criaram, a própria condição de vida das pessoas acabou melhorando a ponto de que se possa imaginar usando um óculos Dolce e Gabanna ou Dior, por exemplo. Sim, ele continua sendo caro, porém não é inacessível. Até mesmo uma Mont Blanc, que é uma que nasceu para ser um acessório, é possível comprar por R$ 2000, mais ou menos.
Porém, o caminho de massificar a marca de luxo, às vezes, pode tirar o foco do negócio, a ponto que ele próprio se sustentar somente pela venda desses acessórios. Um ponto importante que vejo: enquanto a classe emergente (classe média), que é a maioria, só pode comprar os acessórios e sustenta a marca economicamente, os mais ricos, ou minoria, compram os produtos-chave e carros-chefe da companhia. Ou seja, o luxo mesmo fica restrito aos poucos que podem fazer as extravagâncias que a riqueza lhes proporcionam.
Creio que inclusive aqui há uma divisão de classes, onde os ricos conseguem comprar os produtos que realmente trazem os atributos da marca de luxo na sua totalidade e essência, enquanto que a maioria tem apenas a ideia ou pretensão de atingir essas sensações por meio de simples produtos periféricos, que não são baratos, mas ainda sim são possíveis de comprar.