domingo, 3 de outubro de 2010

Capitalismo Natural

A Natura é uma marca nacional de cosméticos que nasceu em 1969. O sucesso que ela alcança hoje – com um valor de mercado na casa dos bilhões – só pode ser atribuído a um fato: o trabalho realizado com responsabilidade e coerência, durante estes 41 anos, para a conquista de seu reconhecimento.

A empresa cresceu a partir de uma distribuição de venda marcada pela lealdade de suas revendedoras e, sabendo lidar com seu canal de venda, conquistou o reconhecimento do mercado e procurou, cada vez mais, imprimir uma identidade à marca.

A Natura soube, nesta trajetória, trabalhar uma identidade nacional associada a valores universais. Conquistou o reconhecimento de seus clientes com a qualidade indispensável para a conquista do mercado. A partir de então, imprimiu ao seu produto a “cara” do seu cliente. Uma identidade nacional que prezava acima de tudo, práticas sustentáveis e eticamente responsáveis num momento em que estas questões estavam em voga. Assim a Natura tem conquistado também o mercado internacional, sabendo identificar as necessidades de mercado e associando-as com práticas que trarão maior valor à empresa.

Assim também outras empresas deveriam fazer. Porque o capitalismo é sistema e prática que não tem mais volta. Ao invés de se reclamar para onde estamos indo – frente a práticas muitas vezes hediondas de algumas empresas -, melhor seria procurarmos o melhor caminho para onde queremos ir. Caminho este que vem sendo sedimentado com empresas como esta. Ser ativo e não passivo na criação de um mundo que, embora não tenha espaço para delongas, não precisa ocorrer sob o signo frenético do consumir sem construir -valor.

Luiza Mesquita