domingo, 31 de outubro de 2010

Brasil como país emergente que pode dar certo

É difícil falar do Brasil e de tudo o que a palavra representa sem ter emoção. Enfim, a marca do País, ao longo dos anos, vem se reforçando e ganhando outros atributos além do carnaval, das mulheres bonitas, caipirinha, Cristo Redentor, favelas, miscigenação, belezas naturais, “jeitinho brasileiro” e etc. Muitos desses atributos são inerentes à esta nação e tudo o que ela representa. Afinal, são símbolos importantes e peculiares que apenas o Brasil tem.
O problema é quando alguns desses atributos, que nos fazem ser reconhecidos em todo o mundo, conseguem ser tão maléficos a ponto de ferir a imagem do País. Por exemplo, a violência urbana é um problema crônico com muitos culpados e muitas vítimas. E isso é explorado de forma intensa e exportado para além das nossas fronteiras. Uma vez, conversando com uma estudante do País Basco, a mesma me perguntou se era verdade que as pessoas no Brasil andam de helicópteros porque aqui é muito violento. Esquisito, não?
Afinal, qual é a imagem que exportamos aos demais países? Sabemos que este problema existe, mas a este ponto? Fato é que não podemos mascar a violência que existe, até porque publicizar acaba sendo uma forma de fiscalizar o poder público e as pessoas comuns, porém, só mostrar o ruim não é bom.
O País tem profissionais de renome, pesquisadores importantes, medicina de ponta, economia sólida – que superou a crise econômica mundial de forma brilhante –, tem menos pobres, aumentou o poder de compra de sua população, entre outros ganhos. Ou seja, fatores a serem explorados e exportados.
Atualmente, podem dizer que o Brasil apenas ficou na moda, no imaginário mundial, afinal, mais do que nunca artistas internacionais vêm ao País, fazem shows, gravam os seus clipes. Ou então porque sediaremos importantes efeitos esportivos: Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016. Mas o que é inegável é que o País se mostra ao mundo como um emergente que pode dar muito certo e ser muito rentável.
O que é essencial, porém, que o Brasil mostre essa sua nova cara e o seu potencial com esta gama de fatores que o elevam à um País emergente que fará a diferença no mundo. Mas, a dúvida que fica é: e depois que todos os eventos esportivos passarem? A imagem ainda será positiva ou restarão apenas os “elefantes brancos”, as obras titânicas para contemplarem o curto espaço de tempo desses megaeventos? Assim, como será possível contruir a nova marca do Brasil de forma que todos esses atributos sejam, de fato, sólidos e consistentes, durando por anos e anos?