Mas, o propósito deste post é comentar sobre a Ford, que embora, em 2006, tenha sido a única do segmento a enxergar uma possível crise e se preparar para ela com a contratação de um préstimo de US$23,5 bilhões, ainda assim sofreu a incerteza de um mercado em pânico. “o problema é que, para pegar esse monte de dinheiro, a empresa empenhou tudo, até mesmo a logomarca oval”, ressalta o consultor da indústria automotiva, Fernando Calmon.
Ao contrário de suas concorrentes GM e Chrysler, que receberam um pacote de ajuda do Governo americano em torno de US$18 bilhões, o empréstimo da empresa do legendário Henry Ford foi feito em parcerias com instituições financeiras, o que significa que a libertou das diretrizes do Conselho dos Estados Unidos, deixando-a livre para tomar suas próprias decisões.
Porém, 2008 chegou, a crise se instalou e a Ford sofreu consequências, assim como tantas companhias americanas. Dispensou funcionários, reduziu custos, vendeu ativos, como as grifes Austin Martins, Land Rover e Jaguar. No entanto passou por ela sem que fossem necessários novos empréstimos e injeções de orçamento de suas filiais mundiais. No Brasil em especial, a empresa registrou um aumento na porcentagem de vendas com o auxílio do governo nacional com a redução do IPI.
Sua estabilidade é mantida, sua credibilidade alavancada e seu lucro em crescimento. A marca Ford, diferente de suas duas grandes concorrentes, sai de 2008 com poucos machucados, posicionando-se como uma referência em estratégia no segmento automobilístico.http://www.youtube.com/watch?v=al9AZjSbIF8