quarta-feira, 30 de março de 2011

O Poder das Mulheres Evoluídas

No mês das mulheres, a Bombril lançou a campanha "Mulheres evoluídas" sem Carlos Moreno, seu garoto propaganda há 33 anos.


Com a perspectiva de conquistar o público jovem feminino e mostrar os outros produtos do portfólio da marca, a campanha apoiou-se no bom humor e no carisma das comediantes Marisa Orth, Monica Iozzi e Dani Calabresa.

Sabendo que o público feminino está cada vez mais exigente, a campanha consegue agradar bastante, pois traz atrizes inteligentes e descontraídas falando que quem manda em casa são as mulheres e que os produtos Bombril evoluíram com elas. Em tom de brincadeira, a propaganda tem um ar de guerra dos sexos.

Outro aspecto interessante da publicidade é um filme em que Monica Iozzi diz ter recebido uma carta da Dona Marisa, de São Bernardo, reclamando de seu marido que agora que largou o emprego, fica em casa enchendo o saco, a atriz aconselha que o marido em questão coloque sua "barba de molho", pois quem manda em casa é a esposa. O filme faz uma referência clara ao nosso ex-presidente Lula, mostrando que esta mulher evoluída esta interada nos assuntos políticos e que o homem, mesmo sendo poderoso ao desempenhar seu cargo, deve obedecer à mulher em casa.

A campanha é um dos maiores investimentos publicitários da marca Bombril. Foram investidos R$ 40 milhões para mostrar a empresa como solução completa de limpeza.

A DPZ foi a agência idealizadora, desenvolvendo seis filmes diferentes, sendo dois com cada uma das humoristas.

A campanha inclui, pela primeira vez, a internet e apresenta o divertido site http://www.mulheresevoluidas.com.br/, que tem até calendário estilo os de borracharia, mas, nesta versão, com homens lindos e sarados.

Segundo a Bombril, esta é uma estratégia pontual em homenagem às mulheres e Carlos Moreno voltará em breve.

Agora é a vez das mulheres!

sexta-feira, 25 de março de 2011

McDonalds: A dominação global do hamburguer

A rede de Fast Food mais conhecida do mundo começou como um restaurante familiar dos irmãos Dick e Mac McDonald em San Bernadino, California, em 1940. Somente oito anos depois, o restaurante e remodelado e se aproxima mais do modelo atual, reconhecidamente simples: menu self service de somente 15 itens.
Em 1953 o arquiteto Stanley Melson cria o inconfundível arco amarelo, ícone da empresa em todo o mundo. No ano seguinte, o comerciante Ray Kroc se encanta com o modelo e com a idéia dos irmãos de abrir filiais em todo os Estados Unidos. e abre uma filial em Illinois. Sete anos depois, o comerciante abre a Universidade do Há mburguer, em Illinois, que ensina funcionários como trabalhar de acordo com o lema do McDonalds: qualidade, rapidez, limpeza e cortesia.
Ainda inicio da década de 60, Kroc compra a parte dos McDonald; em 1965, a empresa entra na bolsa de valores, com sua ação ao preço de U$22,50. No ano seguinte surge o mascote da empresa, Ronald McDonald no tradicional desfile de Ação de Graças da loja Macy's e em comerciais televisivos (já coloridos) de um minuto . Dentro de dois anos, são abertas lojas no Canadá e em Porto Rico. Era o inicio de um avanço global que chegaria a 120 paises.
A administração dos franqueados, embora independente, deveria seguir o modelo da matriz e contribuições ao cardápio poderiam ser adotadas nacionalmente. Inclusive, o carro chefe da marca, o Big Mac, foi criado pelo dono da franquia de Pittsburgh. Em 1979 surge o McLanche Feliz, com um tema de circo. Ate hoje ainda há um forte apelo com crianças, através de parcerias com filmes infantis e distribuição de brindes.

No mesmo ano foi aberta a primeira casa do Ronald McDonald, um local que oferece estadia, alimentação, transporte e orientação psicosocial para crianças doentes de câncer e suas famílias. Dez anos depois, apos a morte de Ray Kroc e inaugurada formalmente a Ronald McDonald House Charities que possui programas que oferecem assistência medica, odontológica e bolsas estudantis.
No inicio da década de 90, menos de três meses apos a Queda do muro de Berlim, abre a primeira loja em Moscou. Em 1996, McDonalds lança seu site na Internet.
Em 2003, o cineasta Morgan Spurlock começa a gravar documentário "Supersize Me", em que Morgan Spurlock só se alimenta com itens do cardápio do McDonalds por um mês e em conseqüência experiencia extensos danos em sua saúde. Em resposta a isso são adicionadas as saladas Premium e valores nutricionais foram colocados nas embalagens dos sanduiches. São inclusos ainda sucos, frutas e opções menos calóricas de sobremesa no cardápio.
Ainda nesse ano, talvez devido ao susto que levou com a enxurrada de criticas de organizações de saúde depois do filme de Spurlock, a rede se adiantou em relação a questão ambiental e a rede inaugurou seu primeiro restaurante sem HFC (hidrofluorcarbono- um gás encontrado em sistemas de refrigeração que contribui para o efeito estufa) na Dinamarca. Ela recebeu ainda um certificado( LEED-EB Platinum) por sua iniciativa em construções sustentáveis.
Em 2008 há um redesign completo da marca e no ano seguinte, o McCafe se torna nacional nos Estados Unidos.
No entanto, ate a superpoderosa McDonalds não é infalível: as lojas abertas no Ira, Bermudas fecha ram por razoes políticas. Em Barbados Trinidad & Tobago e Jamaica os restaurantes fecha ram por terem baixas vendas. Na Islandia, os custos de importação da carne eram muito altos.
McDonalds também enfrentou criticas e boatos acerca da qualidade de sua carne, os quais rebateu enfaticamente. Em março do ano passado, a McDonalds de Portugal iniciou o "Auditores da qualidade", em que residentes do pais podem visitar a Esca Food Solutions, com sede em Toledo, Espanha , responsável pela fabricação dos hambúrgueres das lojas portuguesas.
O sucesso da marca é indiscutível, ainda que do produto seja reconhecidamente ruim para a saúde e permanece um ícone familiar para estrangeiros em quase todo mundo. Se a onda de alimentação saudável não a matou, nada o fará.

quarta-feira, 23 de março de 2011

BrandFinance Global 500

A consultoria BrandFinance divulgou o ranking "Global 500" com as marcas mais valiosas do mundo.
Google e Microsoft estão com os primeiros lugares, ultrapassando o colosso do varejo Wal-Mart.

A tradicional lista ‘BrandFinance Global 500’ aponta ganho de 22,4% no valor da marca Google, ou seja, US$ 44,3 bilhões. Já a Microsoft, que estava em 5º lugar, veio logo atrás com US$ 42,8 bilhões, um aumento de 27,4%.

A Apple também ganhou 12 posições, saindo do 20º para o 8º lugar e com crescimento de quase 50%.
A marca Facebook entrou pela primeira vez no ranking, com o valor de US$ 3,7 bilhões e na 281ª posição.

Já a Nokia sofreu a maior queda da lista despencando da 21ª colocação para a 94ª com valor de US$ 9,7 bilhões). "O mau desempenho da empresa finlandesa demonstra o quanto é difícil manter a dianteira numa indústria tão dinâmica", comentou David Haigh, CEO da Brand Finance.

As marcas digitais brasileiras também estão no ranking. A Oi ficou na 190ª posição, com valor de US$ 5 bilhões, superando a Vivo (238ª), avaliada em US$ 4,3 bilhões.  Porém as marcas de bancos brasileiros foram as melhores posicionadas. Bradesco e Itaú ficaram entre as Top 50 globais, em respectivamente 28º lugar (antes 43º) e 41º (versus 116º).

Fonte para os dados do ranking: Plataforma Proxxima

domingo, 20 de março de 2011

NOVIDADES NO VESTIBULAR DAS FACULDADES OSWALDO CRUZ

Coincidentemente eu trabalho em uma Faculdade muito tradicional e gostaria de falar sobre isso na discussão sobre educação universitária.
As Faculdades Oswaldo Cruz foi iniciada em 1965 e mantém suas instalações quase intactas (sem muitas mudanças) e muitos de seus funcionários têm mais de 40 anos de trabalho nessa casa.
Mas esse ano de 2011 eles precisaram mudar algumas coisas para atrair novos alunos, além de seu Nome tão conceituado, principalmente nos cursos de Química, Engenharia e Farmácia, e essa mudança partiu do Processo Seletivo, em que foram disponibilizadas várias bolsas de estudos com percentuais atrativos, processo de entrevistas agendadas, cédulas de desconto enviadas pelos Correios e novos cursos, mas ainda assim queriam atingir um público muito maior e para isso participaram pela primeira vez, do Vestibular Social, voltado para estudantes das classes D e E. Fez muito sucesso esse novo processo seletivo e esse número de estratégias para atrair estudantes de todas as classes, os dias de matrículas foram lotados e houve até choro na portaria do prédio por estudantes que perderam os prazos.
No último mês, o departamento de marketing teve outra sacada para preencher as vagas remanescentes e disparou malas diretas promocionais, convidando ex-alunos, desistentes ou repetentes e que não tinham mais estímulo para voltar. Os "ex-alunos" que voltarem até o final deste mês, terão um atendimento diferenciado e também um percentual de desconto para fidelizá-lo até o fim do curso escolhido.
Acho que é muito difícil para Faculdades tradicionais e quase sempre com mensalidades caríssimas, se manterem em alta nesse novo mercado universitário, mas ainda assim muitas vezes o nome conhecido somado a alguma estatégia de marketing, a disputa torna-se bem concorrida.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Quem quer Harvard, põe o dedo aqui, que já vai fechar...


Sonhar, agora, pode ser mais possível!
A Universidade Harvard, a melhor do mundo em vários rankings internacionais, decidiu se lançar em busca de tesouros: estudantes, professores e, também, recursos, aqui no Brasil. De acordo com entrevista concedida pela reitora Drew Faust à Folha de São Paulo, reportagem publicada na última segunda-feira 14 de março, globalização, crise e diversificação regem a expansão internacional de muitas empresas americanas e levaram Harvard a pesquisar recursos humanos e financeiros no exterior.
Drew afirma que quer em Harvard gente talentosa, independentemente da situação financeira e localização geográfica, colocando esta teoria na prática por meio do escritório de admissões, cuja equipe viaja pelo país e por todo o mundo, procurando reforçar a idéia com um pacote de ajuda financeira, que faz a universidade parecer acessível.
A reitora afirma que, nos últimos anos, criaram uma série de iniciativas para famílias de baixa renda e propagando a mensagem conseguiram 35 mil inscrições neste ano. Hoje, 20% dos alunos de Harvard são estrangeiros e isso só contribui mais para a ordem de globalizar, além disso o filme "A Rede Social", que narra a história do ex-aluno Mark Zuckerberg e sua grande invenção, o Facebook, vinda diretamente de um dos dormitórios do alojamento da universidade, também anda servindo como atrativo para novos alunos.
"A tecnologia mudou muita coisa no ensino. A sala de aula deixou de ser um espaço apenas para transmitir informações e passou a ser para debatê-la. Mas achamos que este tipo de aprendizado, pela convivência com gente diferente, é essencial. Temos até o sistema de alojamento, no qual os graduandos aprendem a dividir o banheiro, o refeitório, os projetos. Aprender vai além do computador", comenta Drew Faust.
Desta maneira, começam a aparecer alternativas de ensino superior às famílias que despontam na nova classe média brasileira, não somente as faculdades que prometem empregos promissores à jato, mas sim outra, a qual possui no histórico 44 prêmios Nobel, preocupa-se com a troca de experiências humanas e o enriquecimento do intelecto.
Desde que assumiu a reitoria, em 2007, Drew Faust visitou China, Japão, África do Sul e Botsuana, além de Canadá e outros países europeus. Na semana que vem, ela visita o Brasil e, em seguida, o Chile.

Tem que fazer Direito...

Que o novo mercado da educação para a classe média brasileira está em alta você já sabia. Que a multiplicidade e expansão das marcas dentro da educação universitária não param de crescer, você também já sabia.

Agora, o que pouca gente sabe é que o Brasil tem mais faculdades de Direito do que em todo o mundo. Parece loucura, mas é verdade. O Brasil possui 1240 cursos superiores para a formação de advogados em território nacional, enquanto que no resto do planeta a soma chega a 1100 universidades, incluindo a China, os Estados Unidos, Europa e África. Isso mostra que há uma infinidade de marcas por trás desses cursos, dispostas a atender a grande demanda cada vez mais conectada e querendo estudar.

A busca pela educação se transformou na busca por uma marca. Aí está um problema. Existem milhares delas e muitas sem a qualificação necessária. Cursos à distância, presenciais, financiamentos estudantis, mensalidades acessíveis ao bolso do estudante (que muitas vezes se transforma em cliente), provas agendadas, uma infinidade de opções para quem quer realizar o sonho do diploma. E isso não é totalmente ruim. Tem até melhorado a vida de muitos brasileiros.

O problema é que a distribuição dos cursos é muito mal feita. Enquanto sobram advogados, faltam engenheiros nesse país. O que ainda controla um pouco essa explosão demográfica jurídica é o exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Sem ele, teríamos um número muito maior de advogados aqui do que em todos os países do mundo juntos. Temos hoje, um excedente de mais de 3 milhões de bacharéis que não estão inscritos na Ordem. Sinal de que alguma coisa está errada. São milhões de profissionais lançados no mercado de trabalho que não fizeram direito o que deveriam ter feito.

Como em todos os setores, sobrevivem as marcas de maior credibilidade que, infelizmente, são a minoria, comprovando a tese de que não existe marca sem qualidade.

O mais importante é que as pessoas, ao selecionarem a marca da instituição e o curso que vão fazer, possam escolher direito...


quinta-feira, 17 de março de 2011

Unidos hoje, Unidos sempre


Como conhecemos a Coca-Cola? Como ela atravessou fronteiras e veio parar na mesa dos latino americanos? Isso deu muito trabalho para muita gente há 70 anos mais ou menos, mas o refrigerante mais conhecido do mundo chegou e se instalou para não sair mais...
Devido ao grande empenho dos Estados Unidos em estreitarem os laços de amizade com os países latino-americanos durante a 2a Guerra Mundial, a partir de 1941, o Brasil sofreu grande influência do chamado american way of life, isto é, nosso país se deparou com a arte, estilo de vida, comportamento e ideologia da sociedade americana.
Nesta época, após a instauração do partido nazista, a Alemanha estava muito presente no cotidiano econômico e político-ideológico da América Latina. No âmbito econômico, ocorreu o “comércio de compensação”, que compreendia na troca de mercadorias sem a utilização de moedas como o Dólar e a Libra, facilitando assim, a importação e exportação de produtos entre tais regiões. Já no âmbito político-ideológico, os alemães fizeram uso do departamento de comunicação e de agências oficiais e informais destes países, inclusive as do Brasil, a fim de difundirem a cultura alemã.
A América Latina, como um todo, estava sendo muito visada pelos EUA e pelo governo nazista, tanto por fornecer matéria-prima essencial às indústrias alemãs, quanto por possuir produtos importantes e também estratégicos. Consequentemente, esse fato começou a preocupar o governo Roosevelt, por isso em 16 de agosto de 1940, criou um Birô, cujo nome oficial era Office of the Coordinator of Inter-American Affairs (OCIAA), liderado por Nelson Rockefeller.
O principal objetivo desse projeto era coordenar as relações entre os Estados Unidos e a América Latina, ou seja, possiblitar a cooperação interamericana e a solidariedade hemisférica.

A expansão do programa ocorreu por meio de três grande divisões, o setor de saúde, alimentação e, o mais importante, informação, já que queriam inflenciar a população no sentido cultural-ideológico.
O principal instrumento de difusão do setor de informação foi a imprensa, que se comportava de acordo com os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, além disso, o Birô procurou se associar com a United Press e Associated Press para assim divulgarem boas notícias dos Estados Unidos e vice e versa, isto é, boas notícias da América Latina na Terra do Tio Sam, assim afastariam também informações sobre a Alemanha e Itália.
Além de tais notícias, os jornais começaram a exibir, também, propagandas de produtos americanos, como as da Coca-Cola, a fim de manter um mercado consumidor, mesmo após a guerra.
Sob o comando de Getúlio Vargas o Brasil também aproveitou a oportunidade para divulgar nossos produtos naquele país.
Nesse contexto, Disney foi estimulado a criar novos personagens com alusões latino-americanas, entre eles, o papagaio Zé Carioca, que representava o estereótipo do brasileiro; bem como, Carmem Miranda deixou o Brasil para viver nos EUA. Dessa forma, inicia-se o processo de infiltração de um famoso produto norte americano que substituiu nossos sucos de frutas tropicais e que até hoje faz parte da rotina brasileira, a Coca-Cola.
Veja o exemplo acima à esquerda:
1944- Beba Coca-Cola bem gelada
““Coca-Cola” bem gelada possui o dom especial de tornar qualquer reunião mais amigável.
Quando se está entre amigos, é um costume agradável o da... pausa que refresca, com “Coca-Cola” bem gelada. QUALIDADE DIGNA DE CONFIANÇA UNIDOS HOJE – UNIDOS SEMPRE.[com o mapa das Américas ao lado]”
O destaque é para chamar a atenção para algumas das mensagens por traz da propaganda...
Repare também nas roupas das moças. Alguma semelhança com a bandeira americana??
O mais curioso é terem utilizado a palavra "costume agradável" em muitos cartazes. Costume de quem? Dos americanos, é claro... não é interessante como eles impunham sua cultura? Hoje, já não precisam mais de tanto esforço, a cultura americana e suas marcas já fazem parte do nosso cotidiano.

A classe popular vai à universidade

Uma pesquisa do Data Popular mostrou que entre 2002 e 2009, o número de estudantes de graduação passou de 3,6 para 5,8 milhões. Dentro do número de matriculados, 58% pertencem à classe C e somente 19% representam a classe mais rica do país. A classe D representa 15% dos futuros profissionais que sairão das universidades. Parece que é a hora e a vez da classe popular ocupar as salas de aula.

A chegada da classe D às faculdades aconteceu com maior vigor a partir de 2004, por conta do Programa Universidade para Todos (ProUni). Outros fatores, como a facilitação do crédito e a melhor distribuição de renda também foram decisivos nesse panorama.

Algumas universidades particulares vêm investindo neste nicho de mercado. Um exemplo é a Universidade Estácio de Sá, do Rio de Janeiro, que há pelo menos 30 anos recebe estudantes de classes mais baixas por meio de mensalidades com preços acessíveis.

A Estácio se preocupa em adaptar o aluno ao ensino, por exemplo, com o projeto “Gabaritando”, que trabalha com a defasagem dos estudantes em disciplinas como matemática e português. Outro aspecto que favorece a entrada dos alunos é o fato do material didático ser totalmente fornecido pela faculdade e inserido na mensalidade.

Em São Paulo, o Centro Universitário UniÍtalo, na zona sul, oferece cursos de madrugada (das 23h à 1h45), pela metade do preço. O período é ideal para um público-alvo que precisa trabalhar o dia inteiro para pagar os estudos e ainda se sustentar. Dos 10 mil alunos da instituição, 1,1mil assistem as aulas de madrugada.

Nicho de mercado - Apesar do ProUni e de programas de bolsas de estudo, as instituições de educação mais tradicionais não estão dando conta das classes populares e têm mostrado pouco interesse em atrair esse público. Em parte, porque o perfil do novo aluno é diferente e, geralmente, não conta com uma boa formação escolar que viabilize a entrada nessas faculdades. Mais ainda, isso demonstra um pouco do que Theodore Levitt apresenta em seu texto “Miopia em Marketing”, que explicita a cegueira das empresas quando tratam dos seus negócios sem acompanharem as mudanças do mercado.

Com isso, será que o momento representa uma oportunidade para essas marcas de ensino menos valorizadas ganharem relevância? No caso da Educação, a grande quantidade de alunos graduados por uma instituição pode significar que ela tem representatividade no mercado, assim como acontece com as empresas que vendem commodities?

As respostas das duas perguntas estão atreladas. O cenário aparece sim como uma chance de novas universidades ganharem destaque entre a população, independente da classe social. Porém, no caso da formação de profissionais é preciso levar-se em conta a qualidade com que eles chegam ao mercado. Além disso, será preciso verificar se essas instituições de ensino conseguirão progredir no que diz respeito à valorização da sua marca e se investirão para isso, contrariando a visão de que elas são meros “caça-níqueis”.
Por Rachel Sciré

quarta-feira, 16 de março de 2011

Classe media investe em educação na madrugada



O aumento de renda da classe media possibilitou a criação e expansão de cursos superiores em horários inusitados: das 22:45 as 2:00, 23:00 as 1:45, 2:30 as 5:25 ou das 5:45 as 8:30. Indivíduos com trabalho em regime integral sacrificam horas de sono para conseguir um diploma com o objetivo de progredir profissionalmente. Esses alunos buscam um crescimento pessoal evidenciado pela animação das turmas; eles possuem um comprometimento que vai muito alem da expectativa uma futura recompensa financeira.
A Estacio de Sa já havia tentado em 2002 aproveitar esse nicho, mas não teve sucesso, por um triz. O aumento de renda do brasileiro ocorreu de 2002 a 2008, parte disso se deve ao aumento do salário mínimo. O centro universitario UniÍtalo e as Faculdades Radial oferecem cursos adequados ao seu publico-alvo, adaptando horários e reduzindo os preços em ate cinquenta porcento.
O mercado de trabalho, aparentemente não tem preconceitos, mas por outro lado, as universidades mais tradicionais ainda hesitam e desconfiam dessa novidade. E, claro, a privação de sono não e ideal nem para o aprendizado, nem para o trabalho. No entanto, é uma oportunidade única para aprofundar a educação e demonstra o empenho dos que estão dispostos a fazer esse esforço.

terça-feira, 15 de março de 2011

Democratização do ensino superior

Antigamente passar num vestibular para uma universidade era um momento especial, único na vida de um adolescente. Cursar uma universidade pública era o auge para um estudante, mas quem não conseguia uma vaga numa destas instituições de ensino superior “gratuito” tinha que ter muito dinheiro para conseguir estudar e se formar numa universidade particular, em sua maioria instituições tradicionais.

Hoje em dia as coisas mudaram um pouco. Entrar numa universidade pública continua sendo uma tarefa para poucos (em relação ao universo de estudantes do ensino superior no Brasil), mas em compensação o acesso a faculdades menos tradicionais ou outras centenas recém criadas ficou mais perto de pessoas das camadas sociais com um menor poder aquisitivo. Felizmente e infelizmente!

Felizmente porque pessoas que antes não teriam condições de cursar uma instituição particular de ensino superior agora podem, fazendo assim com que profissionais que antes tinham que ficar limitados a serviços braçais ou que não exigiam um nível superior de estudo tenham acesso a um mercado mais amplo de trabalho.

Infelizmente porque o governo “liberou” a concessão de licença para diversas instituições de ensino sem utilizar (porque já existe) um mecanismo para regular e acompanhar o desenvolvimento das mesmas, que atualmente tem mais interesse no dinheiro que os alunos pagam pela mensalidade, do que na qualidade do ensino que seu corpo docente passa aos seus alunos (clientes).

Não serei leviano de negar que hoje em dia todos nós temos acesso às informações (livros, revistas especializadas, internet e etc.) e um aluno dedicado e interessado no conteúdo do seu curso pode sim ser um ótimo profissional, independente de ter se formado na universidade A ou B. Mas enquanto tivermos faculdades que se preocupam mais se o aluno pagou ou não sua mensalidade e menos na qualidade do seu “produto”, continuaremos tendo um abismo imenso em relação a valorização da “marca” destas instituições no mercado de trabalho e o conceito do mercado sobre a diferença de ter se formado na faculdade A ou B.

sexta-feira, 11 de março de 2011

APPLE EM CARTAZ

Que a Apple é uma das empresas mais admiradas do mundo você já sabia. Além disso, agora a famosa estampa da maçã está se tornando também uma grande campeã de bilheteria. Basta aparecer um filme concorrendo ao Oscar, que lá está um computador da Apple.
Segundo o Brandcameo Product Placement Awards, que analisa as marcas que mais apareceram em filmes nos Estados Unidos, a Apple apareceu em 30% dos filmes em 2010.
O maior mérito da Apple está no fato de que as grandes marcas precisam passar por inovação, inventar algo novo e o merchandising entre os maiores sucessos de bilheteria em 2010 mostram a criatividade, a sutileza e uma eterna construção de novas histórias, preservando seus valores e descobrindo sempre uma nova maneira de chegar até os consumidores.
A marca é uma cultura e a cultura da Apple é estar cada vez mais presente na vida das pessoas, sempre em cartaz, onde houver um grande campeão de bilheteria.

LAÉRCIO RAMOS


Faculdade tabajara

Você já deve ter ouvido alguém se referir assim a alguma faculdade de menor reputação no mercado. O curioso é que havia, sim, uma Faculdade Tabajara, hoje conhecida como Faculdade Ítalo Brasileira. Não sei se a troca do nome teve a ver com a “marca” criada pelo grupo de humoristas da Rede Globo - sinônimo de produto de qualidade duvidosa -, mas o fato é que o nome da instituição de ensino hoje ainda pesa (e muito!) na hora de avaliar um candidato em uma empresa.


Pela minha experiência profissional, em todas as agências de comunicação que passei ouvi a seguinte frase sempre nos momentos em que precisamos selecionar candidatos:


- Pode ser de qualquer faculdade, desde que seja da Cásper Líbero, da PUC, da Metodista ou Mackenzie.


Isso é reflexo direto da tradição e da marca que cada uma dessas instituições ainda carrega em seus respectivos nomes. Há muitas gerações que a escolha da faculdade e o ingresso em uma delas mostram boa parte do perfil de um profissional e o quanto ele aprendeu ali. Em teoria.


O que ainda está engatinhando nessa história toda é a visão de que o mundo mudou e a tal tradição pode agradar ao pai do aluno, mas não necessariamente ensina melhor.


Hoje a informação é imensuravelmente mais disponível, o que capacita o aluno a compreendê-las de maneira muito mais personalizada.


A grande questão é que nem sempre essas casas de saber estão adaptadas às novas gerações. Clamar pela tradição é uma amostra disso.


Tomemos por exemplo a Cásper Líbero: um curso na área de comunicação é mais eficaz pelo seu pioneirismo de seis décadas atrás ou porque seus docentes sempre estiveram, em todo esse tempo, atuantes no mercado e dividindo essa experiência conosco?


Prevejo que em um futuro não muito distante, quando os estudantes que estão se formando hoje estiverem selecionando os mais jovens profissionais, essa questão do nome da faculdade vai importar muito menos do que o perfil da pessoa.


Cada um deles terá mais chances de mostrar, pelo seu histórico online, muito mais de si do que pelo título que crava no currículo – mesmo que seja uma faculdade tabajara.

Compre! Compre! Compre!

Num mundo onde somos praticamente sufocados com palavras como "compre", "parcele" e "tenha", acabamos por querer “ter” muito mais do que realmente necessitamos. Um ótimo exemplo disso é o sentimento de necessidade que muitos desenvolveram quando a Apple resolveu lançar no mercado o tão comentado e desejado IPad. Esse aparelho, com design tão moderno, prático, leve, “revolucionário” (nas palavras de alguns), conquistou o coração de grande parte dos amantes da tecnologia, mesmo tendo defeitos tão comentados e fazendo muito menos do que um básico notebook. Mesmo assim, não posso negar que, tanto eu, como muitos, gostariam de possuir um.

Eis que surge essa semana o lançamento de uma versão melhorada do Ipad, o Ipad 2; uma versão mais rápida, mais fina, dentre outras novidades, para igualar seus competidores. Consumidores enfrentaram temperatura de 3ºC e chuva em Nova York para poder comprar o tão espetacular tablet. Pessoas se enfileiravam na porta da loja antes do lançamento. A primeira pessoa da fila pretendia vender seu lugar para conseguir uma graninha (e com certeza conseguiu) e outro rapaz, um brasileiro, já pretendia comprar dois tablets. Isso mesmo! DOIS, um preto e um branco, acho que para trocar quando enjoar de uma cor ou para poder combinar melhor com a roupa, né! No lançamento da primeira versão do IPad este mesmo indivíduo afirmou que chegou a passar 10 horas na fila para garantir o seu.

Agora pergunto: isso tudo é necessário? Até onde podem chegar as grandes marcas para adquirir consumidores tão fanáticos e fiéis? E principalmente, será que esse povo não tem louça pra lavar em casa, não?

segunda-feira, 7 de março de 2011

Ray-Ban, o queridinho de todas as idades

Já que o Presidente norte americano está chegando, nada mais justo que homenageá-lo comentando um acessório muito marcante de seu estilo: os óculos de sol.
Na verdade, nos útimos dez anos, a Ray-Ban é uma marca que tem chamado muito minha atenção. Não tenho nenhum óculos da marca, ainda! Mas, fico surpresa como uma marca criada em 1937 nunca esteve fora de moda! Esta marca está presente em quase todos os filmes de Hollywood desde os anos 40 com seus dois mais famosos modelos Aviator e Wayfarer. Atualmente, o modelo usado pelo presidente americano também chama a atenção.
Não há uma celebridade que não possua um Ray-Ban, acredito que seja esse o encantamento da marca. As pessoas reparam e querem parecer com seu ídolos e ter ao menos os mesmos acessórios que eles. Não há idade para se identificar com a marca, porque a marca é atemporal e sempre com a mensagem de jovialidade. E o slogan mais famoso deles é ótimo: Never Hide... nem o slogan sai de moda!

Meu pai adora o Ray-ban dele e eu adoraria ter um. Minha mãe acha o máximo os modelos Wayfarer, do preto básico aos super coloridos, mesmo quando esse modelo ficou um pouco out... Há público para todos os modelos. Além disso, uma mesma pessoa pode se idenficar com mais de um modelo.
Para testar a marca, perguntei a um amigo se ele conseguia lembrar quem famoso usa um Ray-Ban. Ele citou em menos de um minuto: Audrey Hepburn (Bonequinha de Luxo), Wood Allen (marca pessoal), Clint Eastwood, Stallone, Peter Fonda (Easy Rider), Michael Jackson, Keanu Reeves (Matrix) e Gisele Bunchen... ufa ! Ele só esqueceu do Brad Pitt... da minha listinha! Sendo assim, ficou provado a marca virou um clássico para os "moderninhos" de todas as idades. Contradição, não? Clássico para os "moderninhos" !?
Se você não pode comprar o legítimo, ainda poderá se contentar com "releituras" feitas pela Chilli Beans... rsrs... são parecidos, mas não transmitem a mesma mensagem cool... Se você quer ser "famoso", tem que ter um Ray-Ban legítimo ! (rsrs)

quinta-feira, 3 de março de 2011

A Devassa Santinha

Nesta semana a cervejaria Devassa lançou sua nova campanha publicitária com ninguém menos que Sandy, a mocinha que foi rotulada por muito tempo como uma menina pura, criada por pais rigorosos, que não deixavam ela comer nem um háburguer até os 18 anos. O slogan da campanha é: "Todo mundo tem seu lado Devassa".

Por um valor de R$1 milhão esta cervejaria esta utilizando a imagem de boa moça que Sandy tem no mercado brasileiro para fazer uma alusão que até as pessoas mais "boas e comportadas" tem seu lado devassa, que no caso significa que até essas pessoas bebem cerveja. A utilização da imagem da Sandy também tenta acabar com uma rejeição que parte dos consumidores tem com o nome da cerveja, que pode ser entendido de maneira pejorativa.

Mas o que esta cervejaria não calculou foi a exposição que Sandy tem no mercado nacional e todas as entrevistas que a boa moça deu aos meios de comunicação, inclusive uma que esta circulando na internet com a nova garota propaganda da Devasse declarando que não bebe cerveja (nem com álcool, nem sem álccol) porque não suporta o sabor da cerveja e que prefere bebidas mais doces.

Foi uma boa tentativa que a devassa fez para tentar dar uma reviravolta no conceito que o consumidor tem em relação a sua marca, mas a ideia pode virar contra seu idealizador, pois numa época que a grande maioria dos consumidores tem acesso as notícias e se depara com a garota utilizada para quebrar alguns paradígmas declarando que não bebe cerveja, por detestar o gosto da mesma, tudo que foi construído pelos publicitários como conceito a ser passado pela propaganda pode (neste caso deve) cair por água.

Demissão, mas com desfile marcado

A Dior foi rápida e justa ao tomar a decisão de demitir o estilista. No entanto, algumas perguntas ainda ficam no ar, depois do escândalo.

Será que a demissão e as declarações do porta-voz foram suficientes para mostrar que a marca não é conivente com o pensamento anti-semita de Galliano?
Apesar da polêmica, os desfiles da Dior e da marca própria de Galliano estavam confirmados até ontem na Semana de Moda em Paris, agendada para este final de semana.

Não seria o caso de aplicar uma punição a Galliano e impedi-lo de apresentar as coleções? Ou será que a marca não tem a certeza que muitos consumidores rejeitarão os modelos apresentados?

Por certo, a Dior considera muito maior o prejuízo que terá
caso rejeite completamente o trabalho de Galliano. Além disso, no mundo da arte, nem sempre as convicções políticas são capazes de destruir o valor das criações e seus admiradores. Alguns exemplos estão na Literatura, já que o mestre do romance contemporâneo, Louis-Ferdinand Céline, era nazista; o poeta moderno Ezra Pound, era fascista e Jorge Luis Borges, grande nome da Literatura latino-americana, apoiou a ditadura da Argentina.

Por Rachel Sciré